No princípio eram as uvas.
Adão se deliciava com elas.
Principalmente quando Eva as
colhia.
Já Eva enjoava mais fácil das
coisas e logo ficou com vontade de provar outra fruta.
Banana não servia; algo em
Adão fazia com que ela se lembrasse muito desse fruto.
Com isso, Eva convenceu Adão para
que ele trepasse na árvore ao centro do pomar e colhesse do fruto
proibido.
Tudo bem, desde que ela
continuasse a lhe colher uvas mais tarde.
E assim Adão mais Eva comeram
da fruta que não era permitida e, no mesmo instante, a mulher correu
desesperada para a parreira.
Infelizmente não foi para
colher uvas, e sim as folhas que usou para se cobrir, envergonhada.
Adão ficou muito puto.
Como ia apreciar a vista de
Eva colhendo as frutas da videira, se agora ela estava vestida?
Num momento de fúria, Adão arrancou
todas as folhas da parreira, depois foi a vez dos cachos de uva que pisoteou,
massacrou e, indignado, se lançou naquele fluído para morrer afogado, mas o efeito
foi contrário e ele se sentiu ainda mais vivo.
Molinho, mas vivo.
Molinho, mas vivo.
Foi quando começou a ter
visões além daquelas que já apreciava de Eva.
Por fim, apanhou a primeira
concha que encontrou, encheu-a daquele líquido encorpado e ofereceu à mulher.
As folhas da parreira caíram.
Estava inventado o vinho.
E foi só a tarde e a noite do terceiro
dia.
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